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O Pequeno Gigante

A passeio com o meu cachorrinho Pichorro, chego até uma rua e, do outro lado, em frente, há uma escola maternal, ou coisa parecida, com o nome “Pequeno Gigante”. Parece uma contradição: há gigante pequeno? Mas as crianças são gigantes em desenvolvimento. Deitam pernas, os anos passam, e quando os pais vêem, são gigantes. Não obstante, há aqueles ou aquelas que, adultos, continuam crianças, e deles ou delas se diz: “É um crianção”. Ou uma “criançona”.
Manter a criança dentro do homem ou da mulher maduros, eis a questão. Geralmente a sufocam, ou enforcam. São os cavalheiros solenes e de calvas conspícuas, vestidos de jaquetão e de anel de grau no dedo.
As crianças têm sido vítimas constantes de pedagogos e psicólogos. Não as deixam desenvolver-se como o broto de uma árvore, e abrir-se em flor. Os jornais noticiam que há um conflito azedo e áspero, entre pais e filhos. E muitos meninos e meninas são violentados, ou até assassinados pelos pais. Não se poupam nem os bebês, que são espancados até a morte. Graças a Deus, porém, há pais e mães que se sacrificam inteiramente pelos filhos. O que espanta são aqueles que atiram uma filha pela janela, como é o caso da menina Isabella, cujo pai e madrasta estão sendo julgados. Eles não confessam absolutamente que a mataram, mas não explicam a existência de sangue no local, e insistem que não foi feito o exame de DNA do sangue. Ora, o sangue era humano e, se não era da menina, de quem era, se os pais não apresentavam ferimentos? E a tela da janela, cortada?
Não quero fazer prejulgamento, ainda porque não conheço todas as provas e os autos do processo.
De qualquer maneira, a punição ou a absolvição deixarão manifesto que há algo de errado, e de muito errado, no Brasil e no mundo.
Uma gente que prega o aborto indiscriminadamente, com presidentes que dizem que os contestadores em Cuba, que fazem a greve da fome, são bandidos, já mataram a criança que tinham em si. E bom pai é o Senador Sarney que, diante da notícia de que na Suíça bloqueram os milhões de dólares que o seu filho ali tem num Banco, observa: “Ele é maior de idade e tem advogado”. Portanto, o pai não tem nada com isso.
Eis aí o mundo, do qual não temos nada com isso, embora o Brasil seja um gigante pela própria natureza.

Anníbal Augusto Gama

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